ÉTICA GERAL E CRISTÃ.



                                                                                                                                                                   
                                       1.  INTRODUÇÃO                                                               

            O objetivo desta pesquisa, é definir as  idéias pós-modernas que proporcionaram a elaboração de algumas alternativas éticas dando um exemplo de cada uma delas sendo: o Antinomismo, o Generalismo, o Situacionismo, o Absolutismo não Conflitante, o Absolutismo Ideal e o Hierarquismo 




                                     2. O ANTINOMISMO                                                


        O Antinomismo (gr. Anti=contra; Nomos=lei, literalmente contra a Lei ou contra o sistema da Lei),
        Uma questão fundamental que move as ações das pessoas sejam ações morais ou imorais é a questão da necessidade. Essa é a que aborda as grandes polêmicas existentes sobre as atitudes humanas,  seguindo esta descrição de Antinomismo, o que se  pode  observar  nesta história como exemplo? Mentir é errado? Geralmente sim. Mas se a mentira for seguida de algo responsavelmente maior, como:
       Um homem x foi preso porque a família y o viu cometendo um assassinato com z, então a família y o denunciou, e, x foi preso por assassinar z, porém x prometeu que assim que cumprisse a pena iria tirar a vida de toda a família y. Então ao cumprir a pena x foi solto, em um dia conseguiu uma arma, e no outro dia foi matar toda a família durante a noite. O vizinho w é um cristão assíduo e ao ouvir o barulho de tiros foi observar o que seria tal barulheira na noite, então a família y pede para se esconder em sua casa. Nesse meio tempo os vizinhos abrem suas portas para ver o que está acontecendo, então x vai de casa em casa perguntando onde a família y tinha se escondido, e quando chega na casa do cristão w ele mente, dizendo que não havia ninguém na casa dele, mentiu para preservar a vida de toda a família y. X foi preso mais uma vez pela polícia e a família y foi poupada, w foi o responsável pela salvação da família, porém tornou-se um pecador perante a sua congregação. O antinomismo afirma não haver norma, ou seja, não há regra geral, então para essa ótica a atitude de w foi algo normal. Já que mentir nem é certo, nem é errado. Porém o antinomismo não tem proporção ética significativa já o que observamos é que sem lei o mundo seria um caos, sem responsabilidade haveria um tumulto geral.
          Embora seja complicado esta questão da mentira,  Abraão também mentiu  por medo de morrer, (E partiu Abraão dali para a terra do sul, e habitou entre Cades e Sur; e peregrinou em Gerar. E havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara.)  Gênesis 20:1-2, o que se sabe desta história é que Deus teve misericórdia do Rei e não o deixou pecar por causa da mentira de Abraão, então sabe-se que mentir é pecado e não há regras para praticar a mentira.      


                                   3.  GENERALISMO

         A maioria das posições éticas evita a posição antinomista contra todas as normas objetivas. Uma maneira de fazer isto sem condenar a mentira é sustentar que mentir é, geralmente, mas não sempre, errado. Este ponto de vista será chamado generalismo. Ou seja: mentir é errado como regra geral, mas há ocasiões em que a regra deve ser quebrada, visto quando um bem maior é realizado, e salvar uma vida é certamente um bem maior. Que a pessoa não deve contar uma mentira é objetivamente significante mas não é universal. Nalgumas circunstâncias, a pessoa deve mentir. Logo, este princípio moral (e outros também) é geralmente, mas não universalmente, válido. Ou seja: dentro do alcance dos princípios éticos, são objetivamente válidos. Mas as normas éticas não são universais, há exceções.
           Existem muitas razões possíveis para sustentar o generalismo, as normas éticas não são universais mas, sim, admitem algumas exceções. Uma razão básica é que, havendo duas ou mais normas gerais que entram em conflito (tais como contar a verdade e salvar vidas) as duas não podem aparentemente ser universais. Pareceria que deve haver pelo menos uma exceção a pelo menos uma delas, visto não ser possível seguir as duas. E se houver exceções a todas elas (ou mesmo todas menos uma), então não há muitas normas universais. Na melhor das hipóteses, todas (ou pelo menos uma) as normas éticas objetivas devem ser gerais, mas não podem ser, todas elas, princípios universais.
          Se falar a verdade for somente uma norma geral, então quando é correto mentir? O generalista pode responder a isto de diferentes maneiras. Uma resposta comum é sugerir que é correto mentir quando o mentir realizará um bem maior do que não mentir. Esta abordagem é utilitária. O mentir é utilizado para levar a efeito um maior bem para um número maior de pessoas. Outra razão porque alguém pode considerar contar a verdade apenas uma normal geral, mas não universal, é que há um princípio excedente para se observar, devido ao qual às vezes é necessário contar uma mentira. Se, no entanto, houver pelo menos uma norma universalmente objetiva.
          Conclui-se que segundo os Generalistas se a mentira for por um bem maior afim de salvar alguém, mentir não é errado, ou seja mentir por um bem maior não é mentir, é salvar vidas.






                                     4.  SITUACIONISMO

             O ponto de vista de que há uma só norma universal diante da qual às vezes é correto mentir, é realmente, um absolutismo, mas por razões circunstanciais será chamado de situacionismo. É chamado de situacionismo não somente para distingui-lo doutras formas de absolutismo (que sustentam que há muitas normas universais, em contraste com somente uma) mas também porque os defensores do ponto de vista lhe dão esse nome. O nome "situacionismo" é algo descritivo. Lembra-nos que, visto que as circunstâncias são tão radicalmente diferentes, pode haver somente uma norma universal capaz de adaptar-se a todas elas. Argumenta, pois, que só uma coisa pode ser verdadeiramente universal a todas as situações. Se houvesse mais de uma norma universal, haveria um conflito, e uma exceção teria de ser feita para resolver o conflito. E se uma exceção pode ser feita a todas as normal menos uma, então somente uma norma pode ser verdadeiramente universal.
Quanto à mentira de Bucher para salvar vidas, o situacionista afirma que é certa, porque o Comandante Bucher estava agindo de acordo com a norma mais alta e a única verdadeiramente universal. Frequentemente se diz, embora não necessariamente, que é uma norma absoluta do amor. Segundo esta maneira de declarar a norma, Bucher estava justificado por mentir por amor. Mentir era a coisa amorosa para se fazer a fim de salvar aquelas vidas. Sua mentira é julgada certa porque está de acordo com a única norma ética absoluta que existe, viz. o amor. Uma mentira poderia ser errada se fosse contada sem amor,  (de forma egoísta, para encobrir o mal da própria pessoa). Mas se a mentira for contada com altruísmo, por amor aos outros, então é moralmente correta, conforme a norma do amor.
        Segundo este ponto de vista, o fim realmente justifica os meios, se os "meios" forem a norma do amor. Na realidade, somente o fim justifica os meios. Nada, pois, senão a norma absoluta do amor torna um ato moralmente correto. E nada senão a falta do amor torna um ato moralmente errado, ou seja, mentir por amor  segundo os situacionistas é correto.



                                           
                                  5. ABSOLUTISMO NÃO-CONFLITANTE

        Existe o ponto de vista de que há muitas normas universais válidas que nunca conflitam realmente entre si. Esta posição será chamada de absolutismo não-conflitante. Pode haver um conflito aparente entre duas normas éticas, mas nunca um conflito entre deveres. Há sempre uma terceira alternativa ou um modo de cumprir uma das normas sem desobedecer à outra. O domínio de cada norma ética tem sido ideal ou providencialmente alocado a ela de modo que nunca realmente coincida parcialmente com o de outra norma universal. Isto significa, por exemplo, que o mentir e o matar nunca entram realmente em conflito. Sempre se pode contar a verdade sem realmente tirar a vida doutra pessoa inocente. Tanto o mentir quanto o matar sempre são errados.
          Há várias coisas que segundo a história de Bucher poderia ter feito de modo consistente com esta posição, mas em circunstância alguma deveria ter contado uma mentira para salvar as vidas da sua tripulação. Poderia ter mantido silêncio. Ou seja: poderia ter-se recusado a fazer qualquer confissão falsa. Ou, poderia ter falado a verdade mas não ter falado a mentira de que sua embarcação estava nas águas territoriais coreanas quando não estava realmente ali. Se esta confissão não fosse aceitável aos interrogadores, então Bucher e seus homens teriam de sofrer as conseqüências de contar a verdade e rogar misericórdia. Ou, poderia ter orado pedindo a intervenção divina para eliminar o dilema.
            Mas as consequências de contar a verdade não são um mal maior. a matança de pessoas inocentes? Uma resposta direta a este dilema, que é perfeitamente consistente com esta posição (de que há muitas normas universais não-conflitantes), é que matar é errado, mas contar a verdade que leva outra pessoa a matar não é errado. Quer dizer, Bucher não tinha dilema moral algum. Sua escolha não era: "Contarei uma mentira ou matarei?" Pelo contrário, sua escolha era: "Contarei uma mentira ou permitirei a possibilidade de que outra pessoa seja morta?" E visto que Bucher não poderia ter certeza absoluta de que os norte-coreanos matariam sua tripulação, e visto que ele pessoalmente não estaria matando, ele seria absolvido da responsabilidade moral. Segundo este ponto de vista, Bucher não poderia ser considerado moralmente culpado pelo mal que outros homens fariam porque ele contara a verdade. Na realidade, os proponentes deste ponto de vista podem apelar a algum tipo de teleologia ou providência que diz que um mal maior nunca virá (ou pelo menos em última análise, não imediatamente) por causa de guardar uma norma universal. Em termos teístas, Deus sempre providenciará um modo de escape de modo que a pessoa ou não terá de mentir ou um mal maior não virá do contar a verdade.
      Conclui-se que no ponto de vista dos absolutistas não-conflitante as regras não conflitam entre sí, pois  não será  preciso mentir, e assim no ponto de vista dos teistas Deus dará o escape.



                                     6. ABSOLUTISMO IDEAL

        É difícil achar exemplos nítidos desta  posição. Aparentemente a posição é mais frequentemente falada e subentendida do que escrita claramente. Mesmo assim, porque é tanto uma posição possível como uma que tem algumas implicações e consequências específicas, especialmente na ética cristã, merece atenção.
             Doutrinas Básicas do Absolutismo Ideal Visto que exemplos específicos desta posição ética são raros,  porém  não se deve subentender que todos os homens citados em conexão com este ponto de vista realmente são proponentes dele. As referências serão  usadas com base na sua semelhança com uma ou mais das doutrinas básicas ou associadas do absolutismo ideal, conforme  é explicado aqui. Na elaboração propriamente  dita deste ponto de vista, serão tiradas conclusões que são consideradas consistentes com as premissas básicas.
           Há Muitas Normas Absolutas, a suposição mais básica do absolutismo ideal é que há muitas normas absolutas, muitos princípios éticos que nunca devem ser quebrados. A base desta suposição  pode ser, ou filosófica, ou teológica. A natureza absoluta destas muitas normas pode ser defendida filosoficamente como as Formas platónicas ou como o imperativo categórico de Kant. Teologicamente,
           É necessário também indicar que, do ponto de vista do absolutismo ideal, é sempre errado quebrar uma norma absoluta. Diferentemente da posição hierárquica, que está disposta a aprovar eticamente o passar por cima de normas inferiores, a fim de guardar normas superiores; o absolutismo ideal desaprova quebrar qualquer norma absoluta. Há várias razões para a adoção desta posição. Talvez a razão mais básica é que parece contraditório aos absolutistas ideais sustentar que uma norma é tanto um absoluto ético, quanto uma norma que às vezes pode ser justificavelmente quebrada. Como pode ser universalmente válida se há algumas exceções legítimas a ela? Outra razão possível para sustentar que é sempre errado quebrar uma norma universal é que as consequências de assim fazer são más. Isto, no entanto, é um tipo de justificação pelos utilitaristas das regras, das normas por meio de atos que quebram as normas e que acabam não sendo atos intimamente errados, mas, sim, atos que, se fossem praticados de modo geral, trariam resultados geralmente maus.
           Lembra-se então que o absolutismo ideal  também dá direito ao homem de pecar pois,não é a questão de fazer o melhor de dois bens, mas, sim, é questão de cometer o menor dos dois males. Contudo a culpa de uma forma ou de outra estará sempre presente.


                                 
                                           7. HIERARQUISMO  


           O hierarquismo pode ser argumentado, há muitas normas éticas universais, mas que não são iguais na sua importância intrínseca, de modo que quando duas entram em conflito, a pessoa é obrigada a obedecer o mais alto dos dois mandamentos. Desta maneira, portanto, na escolha entre matar e mentir, sendo que as duas ações são universalmente erradas na ausência de qualquer conflito entre elas, devese escolher poupar a vida, por ser ela um valor intrinsecamente mais alto.
          Contar a verdade é bom, mas não ao custo de sacrificar uma vida. Segundo este ponto de vista, a mentira de Bucher foi certa, embora o mentir em si mesmo seja universalmente errado, porque há uma norma ética mais alta do que falar a verdade, que é salvar vidas. Bucher seguiu a norma intrinsecamente mais alta quando achou duas normas universais em conflito. A boa ação é sempre aquela que é a melhor.
        Baseada na escala relativa de valores que representam. Quando dois ou mais destes valores entrarem em conflito, a pessoa está isenta da sua obrigação, doutra forma inevitável, de uma norma inferior, tendo em vista a obrigação preferencial da norma superior, sem contrair para si mesmo culpa alguma.



                                            8.  CONCLUSÃO          

            Observa-se que no antinomismo, o que o próprio nome já diz, contra a lei, não há lei para se fazer algo, como mentir, no generalismo  se estas normas ou leis  entrarem em conflito  escolhe fazer o bem para todos, que no caso foi salvar vidas, e no situacionismo a regra maior é o amor, se a  mentira for por causa do amor está correto, enquanto no absolutismo não conflitante se diz que não pode haver conflito entre as regras, ou seja não sera necessário mentir para salvar vidas, pois Deus no ponto de vida dos teístas dará o devido escape nas situações adversas.
            No absolutismo ideal não se quebra uma regra absoluta, então o que se vê  não é a questão de fazer o melhor de dois bens, mas, sim, é a questão de cometer o menor dos dois males. Já no Hierarquismo se segue a lei maior, porque há uma norma ética mais alta do que falar a verdade, que é salvar vidas. seguir a norma mais alta quando achar duas normas universais em conflito a boa ação é sempre aquela que é a melhor.    
         A ética do Reino de Deus, fundamentada nos princípios bíblicos e cristãos, sempre prevalecerá e produzirá um bem maior para os indivíduos e para a sociedade em geral, através da vida daqueles que se comprometem com Deus e com a sua palavra.



         
                                 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS         


Internet
                     

Http://itaragildo.blogspot.com.br/2011/09/apostila-etica-crista-cap-3.html
Pesquisa realizada no dia 16/06/2012

http://blogdoaddson.blogspot.com.br/2009/02/alternativas-eticas-cristas.html
Pesquisa realizada no dia 18/06/2012

http://www.josemarbessa.com/2009/08/etica-crista-i.html
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Http://miqueiaspr.vilabol.uol.com.br/eticacrista.pdf
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